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Original em: 19 de março de 2006
Não sei se era exclusividade minha, que estudei muito tempo em colégio religioso, mas eu sempre olhava às meninas e via pequenas devassas escondidas naquela áurea bondosa que pairava pelo circular das irmãs. E claro, escondidas pela camiseta 100% algodão de tom azul-bebê.
Quem acha que estou criticando religião aqui, se engana – redondamente. Eu quero questionar a áurea de menina pura que pairava sobre aquelas que mal completaram seus treze aninhos. Por que vemos nelas exemplares do mais puro resguardo? Bem, em primeiro plano, todos vemos isso, a menos que a idade (e a má vida) já tenham acabado com as coitadinhas.
A questão central é: se todas nascem e são puras nessa vista, quem serão as prostitutas de amanhã? Por crer que tudo isso é cíclico e já se perguntaram isso antes, tento palpitar quem fará do sexo profissão. Tenho amigas recatadas, amostradas, safadas e, em grande maioria, burras. Elas, as burras, serão as prostitutas de amanhã. Se você circular pelos fóruns de recomendação de prostitutas, verá que 99% delas diz pros clientes que querem pagar a faculdade para ter um emprego e largar a labuta. Logo, todas não passam em faculdades federais, o que não quer dizer que sejam burras. Da onde vem, então, o determinante da burrice?
Você já sonhou em ter família, em casar, ser feliz e procriar uma fileira de pecuruchos no seu ninho de amor? Não? Bem, mas você pretende casar; é o que a cultura ocidental nos faz ansear. A minha visão do amor compreende vários quesitos, todos determinantes para a felicidade. O amor precisa de tanta coisa para ser pleno que ele próprio se torna sinônimo da felicidade plena. Não é burra a pessoa que mancha sua vida com isso e perde a graciosidade da felicidade total por um punhado de pratas?
Prostituta inocente, é fato, não existe. Todas elas agem sem inconseqüentemente, não percebem que estão minando a pouca possibilidade de alcançarem a felicidade absoluta. Agora, quem serão elas? Olhe para suas amigas (e amigos também) e pense: quais deles treparão por dinheiro? Não é estranho? Você nunca pensou nisso, aposto. Será que aquela amiga bonitinha que você vê em roupas provocantes já não vende um chego na periquita? Reveja suas amizades, mas não seja preconceituoso; afinal um descontinho pode vir bem a calhar.
Texto de minha autoria.
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