Qual o problema com as mulheres (Parte I)
Original em: 05 de novembro de 2005
Neste mundo tão pouco amável, regido por um capitalismo selvagem, a tendência seria o extermínio da convivência social. Pois vejam só que contradição: o convívio não só é maior como teve oportunidade de sofrer uma mutação – a exemplo de um vírus. Pois bem, partindo deste princípio, as relações amorosas também aumentaram, e, consequentemente, sofreram uma mutação. E esta mutação atacou as bases de um relacionamento: o estereótipo de homem perfeito.
Sabe-se, desde a pré-história, que os homens podem ser tudo, menos enjoados quanto a mulher. Com um mínimo de ausência de feiúra a candidata já é altamente cotada para receber uma atenção especial dos nossos cavalheiros. Agora, nossas queridas fêmeas, sempre quiseram um macho provedor, que fosse inteligente, bonito e romântico – e, claro, rico, só que elas não admitem e nunca admitirão isso.
Não sei por que, o Brasil foi assolado por uma crise de “apelidismos” aos inteligentes: desde o primitivo “Caxias” ao atual “Nerd”. Não só aos abastados de massa cinzenta, mas as dedicados também. Airton Senna seria ídolo nosso em 2005, sendo o primeiro a chegar aos treinos, o último a sair e o mais esforçado? Não. Seria só mais um “Nerd”. Nossas damas incorporaram muito bem esse espírito, riscando os inteligentes de suas listas de pretendentes.
“Beleza é fundamental”, já dizia Vinícius de Morais. Aliás, antes de qualquer coisa, beleza é algo relativo a cada nariz. O único consenso, oriundo dos primórdios da conversa de bar sobre mulher, é que a beleza deveria estar atrelada a pessoa, e não a qual estilo ela está atrelada. O pop agora é seguir uma tendência modista, se vestir como um aloprado que esqueceu os cintos, pendurar um ferro velho inteiro pelo corpo, ficar 25h/dia na academia – enrijecendo a barriguinha e amolecendo a torneirinha - ou, o que é pior, tudo isso junto. Beleza virou um sinônimo de estilo, e não de um rosto bem delineado – acompanhado de um sorriso cativante. Nosso homem perfeito perdeu agora a beleza, além da inteligência que já fora perdida.
Ah! O romantismo... O que seria esta praga, tão pleiteada pelas mulheres até poucos anos atrás? Sinceramente, abdiquei do meu direito de receber uma resposta concisa. Escrevera poemas e não o fui, prometera felicidade e não o fui, fizera favores e não o fui, tocara intimamente e não o fui, beijara seus lábios – sem esconder o riso bobo de menino feliz com o presente – e também não fui romântico. De tanto não ser, desisti de tentar ser. Antes de descarrilar de vez o texto dos rumos corretos: mesmo com uma noção deturpada do que é o romantismo em essência, as nossas parceiras de cópula não o querem mais. Motivos? Inúmeros. Talvez a descoberta da independência sexual, utilizando as mãos ou consoles vibratórios, o senso comum em efeito dominó – uma enjoou, todas enjoaram – ou um motivo mais sensato: o emburrecimento generalizado feminino.
“Agora peguei pesado”, rio comigo mesmo. O Chato é que isso é a mais pura verdade. As mulheres, conquistando direitos – primordialmente masculinos-, pegaram também nossos maiores desfalques e erros. Exemplificando: não era de bom tom uma mulher fumar, isto é fato, agora, com a ansiedade por “direitos”, as mulheres fumam indiscriminadamente. Quem ganhou direitos? Acho que ganharam amarras. Voltemos agora ao início do texto, quando afirmava que os homens “pegam o que vier”. As nossas mulheres estão no pré-estágio deste ponto. O estereótipo, como fora deixado claro, está em vias de extermínio. Com alguns ajustes, o mundo estará perdido. A doçura e a pureza feminina salvaram a face da Terra da libertinagem masculina. Agora, não há Mulher-Maravilha que dê conta do negócio. Que fique claro: Não defendo nenhum tipo de puritanismo, defendo relações estáveis, com amor e confiança mútua. Por quê? Bem, desde o fato de poder furunfar sem medo de pegar uma doença que a sua “mina” nem sabe ter, pois o cara de ontem à noite tava bichado, até o de você nem saber que o cara de ontem a noite exista. O pessoal perdeu a vontade de namorar, andar de mãos dadas, chupar um sorvete, sorvendo o cheiro da pessoa amada? Por que mulheres, abandonar esse jeitinho meigo que é antigo e que tanto bem faz? Por que deixaram de criticar os homens que traíam e passaram a copiar seus atos?
As respostas e os motivos exatos eu não sei. A solução ou uma forma de amenizar, sei menos ainda. E duvido que uma menina leia isso aqui e que responda. Por que, afinal, o texto tem mais de 5 linhas e não tem nenhuma estrelinha piscando do lado...
Autoria: Texto redigido por mim mesmo, sô!
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