PMDB. Partido do Movimento Democrático Brasileiro?
Original em: 13 de junho de 2006
Grande PMDB! Lutara contra o ARENA e a ditadura militar durante tanto tempo, sofrera opressão e era esculachado como sendo o partido do “sim...senhor”. Quanta maldade! Qual sigla defendeu mais a democracia? Vamos a um breve retrospecto...
1985. Tancredo (PMBD) ganhou as eleições com o seu vice, José Sarney (PMDB). A burra veio tão cheia que o PMDB tinha os cargos de Presidente do Brasil, da Câmara e do Senado. Alguém tinha comentado sobre “democracia” aí? Infelizmente, Tancredo morre e Sarney assume. Fracassos econômicos, maluquices, uma constituição e muita legislação assinada.
1989. Ano de eleições. Collor de Mello (PRN) e Itamar (PRN), seu vice, encabeçam a corrida eleitoral, com grande apoio de todas as esferas do poder. Ulysses Guimarães (PMDB) perde as eleições. Mas isto não significa, necessariamente, que o Collor não teve apoio dos nossos democratas. Renan Calheiros (PMDB-AL) estava lá, e ele foi o líder do PMDB na câmara em 1990, prova de que o partido não excluia ele nem um pouco.
1992. Collor não fora muito amigo do PMDB no início de seu mandato, tanto que o partido em questão foi um dos que o enxotou. Com a entrada de Itamar Franco, o próprio PMDB assume que “passa a exercer grande influência no governo” (Ref.1). Prova disto é que o senhor do topete migra oficialmente para a bandeira do movimento democrático anos depois. Renan Calheiros (!?) assume a presidência da Petroquisa, subsidiária da Petrobrás. Claramente o Itamar é PMDB de carteirinha.
1994. Eleições nacionais. Muita festa e alegria, Fernando Henrique Cardoso ganha, com apoio do Itamar Franco e, claro, do PMBD, que mesmo lançando Orestes Quércia (PMDB) participou ativamente do governo tucano.
1998. (Re)Eleições nacionais. Fernando Henrique nomeia Renan Calheiros (de volta?) como ministro da Justiça.
2002. Palhaçadas nacionais. Luis Inácio Lula da Silva (PT), o metalúrgico semi-analfabeto (e orgulhoso disso) e aposentado por invalidez (pela perda do dedinho), recebe o indoço da população para um governo de “esquerda” extremamente populista. Claro, com o apoio do PMDB. Renan Calheiros (É piada, certo? Eu não moro nesse país) assume a presidência do Senado com o apoio de Lula, afinal, fora chapa única. Para afirmar ainda mais o apoio, Roberto Requião (PMDB-PR) recebe o apoio do Padre Roque (PT-PR) no segundo turno de 2002. Vale ressaltar que, a nível nacional e oficial, o PMDB apoiou, no primeiro turno, José Serra (PSDB) e no segundo bandeou-se para apoiar o PT. Estranho, não? Quanto respeito pela idéia.
O PMDB manda nesse país faz um bocado de tempo e ninguém percebe.
Ref. 1: Do MDB ao PMDB; disponível em: http://www.pmdb.org.br/imagens/do_mdb_ao_pmdb.pdf
Texto de minha autoria
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